Entre os dias 3 e 5 de fevereiro, uma força-tarefa integrada por agentes comunitários de saúde, agentes de controle de endemias, trabalhadores da Secretaria de Obras e pessoal administrativo da Vigilância em Saúde de Ubatuba realiza uma operação intensiva de combate a criadouros do mosquito Aedes aegypti. A ação começa nesta quarta-feira pelo bairro Estufa II, continua no Ipiranguinha e termina no Perequê-Açú.

Como em demais cidades do Litoral Norte com intensa movimentação de pessoas na temporada, a Vigilância em Saúde está alerta para baixar o índice de infestação do mosquito e reduzir a possibilidade de transmissão de doenças como a dengue, chikungunya e zika.

Os bairros escolhidos apresentam os maiores índices de densidade larvária e números de casos suspeitos de dengue. “Cada suspeita da doença gera uma atividade de bloqueio e controle de criadouros num raio de 500 metros em torno à moradia do paciente, o que corresponde a cerca de nove quarteirões”, explica Jorge Ribeiro, coordenador de Vigilância em Saúde.

A frente de combate integra as ações da campanha “Ubatuba unida contra o mosquito Aedes aegypti” e envolve vistorias nas residências e outros estabelecimentos, orientação para moradores, veranistas e comerciantes, colagem de cartazes, panfletagem, vistoria nos estabelecimentos públicos como escolas, retirada de criadouros das vias públicas.

A equipe de agentes de controle de endemias foi reforçada com a convocação de dez aprovados do concurso público, que junto com os integrantes anteriores, somam um total de 29 pessoas. A Guarda Municipal também participa da operação na Estufa II com a distribuição de sacos de lixo veicular na esquina das ruas Ari Vieira com Juvêncio Amaro de Oliveira. O objetivo é repetir o bom índice dos anos anteriores em que Ubatuba não teve nenhum óbito como decorrência da dengue.

A campanha de combate aos criadouros do mosquito e prevenção à transmissão da doença mostra seus resultados. Em janeiro de 2015, foram 72 suspeitas de dengue em Ubatuba das quais seis foram confirmadas. Já em 2016 houve uma redução significativa, com apenas 32 casos suspeitos de dengue em janeiro e nenhuma confirmação.

“É importante que toda a sociedade colabore para evitar que o mosquito prolifere”, explica Jorge. “A velocidade de evolução do estágio de larva para mosquito é de 5 a 7 dias. Por isso, é importante que cada um limpe e elimine criadouros semanalmente”. Além do combate ao mosquito, ele reforça que o uso de repelentes e mosquiteiros é outra forma de evitar que doenças como a dengue, chinkungunya e o vírus zika se propaguem.

Ubatuba contra o Aedes aegipty: entre nessa luta

– Todo recipiente que possa acumular água deve ser eliminado ou mantido com a boca para baixo

– Ralos externos, calhas, caixas d’água, reservatório de água pluvial (chuva) e reservatório de degelo da geladeira devem ser mantidos limpos

– Em caso de suspeita da dengue, beba muito líquido. Procure a unidade de saúde mais próxima de sua casa e não deixe de fazer o retorno para realização do exame laboratorial, conforme a orientação médica